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Prof. Dra. Luciana Maria Guimarães

Profª. Dra. Luciana Maria Guimarães
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CARREIRA NA ERA DA SATISFAÇÃO PESSOAL
PROFº. MARCELO PEREIRA DE ANDRADE
PROFº. MARCELO PEREIRA DE ANDRADE
 

O que se pode esperar da carreira profissional em nossos dias? O que é ser um profissional competitivo em tempos de busca de satisfação pessoal? Muitos estudiosos do tema se debruçam sobre o assunto, porque nunca em nenhuma outra época a carreira foi tão analisada, podendo até afirmar que há uma ciência da carreira, desde os anos oitenta para cá.

Esse se tornou um assunto emergente desde que a profissionalização das tarefas passou a exigir uma formação mais eficaz para atender a demanda da produção industrial. O gerente de produção não era mais apenas o feitor encarregado de monitorar o desempenho dos funcionários. Com o tempo, era um fator metodológico que esse gerente se tornasse um especialista em matéria de produtividade, portanto, uma ciência aplicada a técnicas de trabalho passou a ser uma exigência elencada as competências gerenciais. Tudo oque se eleva a categoria de desenvolvimento cognitivo de competências e habilidades se torna parte de uma formação, essencialmente teórica, em ambiente de aprendizagem constante.

Carreira é um verbete que tem origem na palavra latina carraria, o percurso de carros da época, bigas provavelmente, mas é somente no século XIX nos auspícios das revoluções burguesas, Revolução Francesa para destacar a carreira política e Revolução Industrial para destacar o advento da modernidade e da carreira de negócios, a conhecida carreira profissional. A inauguração dessa acepção moderna do significado de carreira atrelada a um percurso profissional digno, por ser planejado está no cerne da ideia tipicamente moderna de projeto. A era industrial inaugura o planejamento estratégico através da racionalização essencialista dos processos de produção no interior do modelo econômico da livre iniciativa. Se isto é assim com as empresas, com a moderna empresa capitalista, essa dinâmica social deveria se iniciar com o indivíduo. A necessidade de planejar as etapas da produção de maneira metodológica é parte da lógica cartesiana do sistema que retribui com sucesso o trabalho planejado.

A sistemática do planejamento é, portanto, a racionalização das etapas, isto é, no tempo e no espaço, no ritmo das mudanças que em matéria de mercado são emergentes desde que a aceleração da produção se tornou regra. Espera-se que assim as coisas aconteçam num ritmo o mais perto da perfeição. Tratando-se de mundo do trabalho, estende-se para a formação profissional tal sistematização.

Contemporaneamente, a carreira como afirmamos, se tornou uma ciência, sujeita a toda sistematização, a uma lógica do conhecimento. Pensar a carreira em nossa sociedade tecnológica, na sociedade das tecnologias da informação, nos exige perguntar se alguma coisa mudou após décadas de racionalização da vida social. Mudou?

À bem da verdade, o que ficou a cada dia mais claro, foi o fator do conhecimento como parte de um aprimoramento constante, no que se convencionou chamar de sociedade do aprendizado eterno. Indivíduos que aprendem a aprender são os mais capazes a habitar o ambiente da chamada universidade empresa, ou ambiente corporativo de inovação. A carreira nessa sociedade no ritmo de TI (tecnologias de informação) é marcada pelo alto índice de inovações nas diversas áreas do conhecimento. Por outro lado, a carreira deve estar pari passu com a verdade insofismável da satisfação pessoal. Nas ultimas duas décadas, a preocupação com o prazer numa sociedade que estimula o prazer, revelou um certo, protagonismo da qualidade de vida, que vem sendo defendido e aconselhado pelos especialistas da gestão de empresas e gestão de pessoas. Qualidade de vida que exige fazer opções na vida profissional. Não se trata de perdas, ou de trocas inevitáveis como alguns sugerem, “tudo ou nada” ou “ganhar ou perder”. Tais proposições são ultrapassadas, pois na verdade sugerem uma época do capitalismo que pouco se importava com o grau de satisfação do indivíduo. Quando falamos de hoje, podemos afirmar que carreira tem outras conotações, a maior delas nem é de perto a renda, pois essa é um substrato do que se realiza em termos profissionais. A renda, em termos de ganhos no mundo do trabalho se torna um medidor do quanto se realizou e de quanto ainda é possível realizar para ser feliz profissionalmente.

Pensar a carreira em nossos dias é pensar fundamentalmente em auto realização. Protagonizar mudanças na sociedade, não somente a partir do lugar que se trabalha, mas a partir de você mesmo.

Autor: PROFº. MARCELO PEREIRA DE ANDRADE
 
 

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